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Maia

Por Mônica França - 27 de Agosto de 2021

Bem-vindo ao universo Minako. Hoje começa a vida de escritor do nosso Escritor.


Maia
Ela tocou meus braços e eu datilografei as primeiras páginas de Mama Justiceira e Mariana.

Os dedos bailavam violentos. Peito apertado no couro pernas presas; mente apossada braços escravizados. A cadeira trepidava, a luz piscava, eu datilografava. Minako introduziu tudo em mim, Mariana, Maia, Josué, G12, Mama, Juliano. Todos me possuíam menos eu.

Manchas escarlates tingiam tecla, máquina, escrivaninha, couro, coração. Pulsavam sentimentos vidas lamentos, rompidos rasgados costurados na página. Um berço vazio parou. O pacto, a razão do pacto. Maia.

Roubada, sequestrada, desaparecida do berço sumida. Não me sobrava nada. Maia. Polícia, distintivo, carreira, pactua a Justiceira. Mariana era mãe vazia desprovida da cria. Mama ajuda Mariana.

Minako ajuda Escritor.

Escondi as emoções menos o berço. Vazio me atormentou. O rádio calava a madrugada. Nenhum pio. Adormeci.

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